MENSAGEM DO CHAIRMAN Os indicadores macroeconómicos de 2012 reflectem a situação de crise económica e financeira com que o país se defronta. Segundo o Ministério das Finanças, em 2012 o PIB decresceu cerca de 3,2%, a procura interna caiu 6,7%, e o consumo privado diminuiu 5,6%, tendo a taxa de desemprego alcançado os 15,7% da população activa no final de 2012 e a dívida pública 123% do PIB. O mercado de telecomunicações em Portugal, que já se encontra num estádio de relativa maturidade, não ficou imune à situação do país, estimando-se que as suas receitas globais de serviços tenham decrescido 7,0% e na área móvel 9,6% nos doze meses findos em 31 de Março de 2013. Apesar desta conjuntura desfavorável e do nível de maturidade já alcançado pelo sector, em 2012 o mercado de telecomunicações em Portugal continuou a demonstrar um alto nível de inovação e de competitividade, destoando neste último aspecto a tendência negativa que se verifica no sentido da criação de posições dominantes quanto à posse da infra-estrutura de banda larga fixa. A Vodafone Portugal alertou atempadamente o poder político e os reguladores para esta ameaça, que acabará por prejudicar uma concorrência sã no mercado e o desenvolvimento do sector das telecomunicações em Portugal. O poder político e os reguladores não aproveitaram a oportunidade existente em 2008/9 para promoverem o estabelecimento de uma rede fixa de fibra em todo o território nacional que fosse detida por uma entidade independente dos operadores, e que oferecesse de forma aberta e competitiva, aos prestadores de serviços interessados, o acesso aos edifícios e fracções existentes no nosso país. Pelo contrário, permitiram que os operadores já fortemente estabelecidos no fixo reforçassem essa posição, investindo em redes proprietárias e à partida fechadas, deixando pouco espaço para outros poderem oferecer os seus serviços de banda larga e convergentes no mercado nacional. A Vodafone Portugal encontra-se entre os poucos operadores alternativos na área fixa que tem mantido um nível de investimento significativo na rede de fibra, mas ela própria poderá vir a ser afectada pela dificuldade existente de acesso às redes dos operadores dominantes nesta matéria, sendo necessário que o Regulador determine rapidamente condições razoáveis para a sua abertura. No ano fiscal de 2012/13 a Vodafone Portugal manteve a sua quota e co-liderança no mercado de comunicações móveis e aumentou a sua quota no mercado fixo. O principal desafio para a Vodafone Portugal no futuro será o de desenvolver a melhor estratégia e posicionamento para responder à crescente convergência entre serviços fixos e móveis que se começa a verificar no mercado, bem como à previsível consolidação que, tudo indica, irá ocorrer no sector com a fusão entre dois operadores do mercado. Para tal, a Vodafone Portugal terá que saber capitalizar a força e valores da sua marca, as competências únicas da sua equipa de Colaboradores, a liderança que tem demonstrado em termos de qualidade de serviço oferecido ao Cliente e a prática consistente de inovação nos produtos e serviços que oferece. Adicionalmente terão que ser realizados os investimentos necessários para manter a liderança na rede móvel, na utilização de dados e para aumentar significativamente a cobertura da rede fixa de fibra. O empenho dos Colaboradores, o apoio dos Accionistas e a continuação de uma boa colaboração com os principais Parceiros serão essenciais para a Vodafone continuar a ser uma referência no sector das telecomunicações em Portugal. Também a continuação da cultura de forte aposta na responsabilidade social, onde se tem evidenciado a actividade da Fundação Vodafone Portugal, será determinante para a afirmação plena da nossa Empresa no futuro do país. Finalmente, de referir a mudança verificada durante 2012 na presidência executiva da Empresa. O Eng. António Coimbra, que me substituiu em Setembro de 2009 com elevada competência no cargo, assumiu a partir de Setembro de 2012 novas funções no Grupo, passando a liderar a Vodafone Espanha. Na mesma data, o Dr. Mário Vaz assumiu, com todo o mérito, o cargo de CEO/ Administrador Delegado da Vodafone Portugal e, em conjunto com a restante administração e equipa dirigente, merecem toda a confiança para conduzir a Empresa no rumo certo, em benefício de todos os seus stakeholders. ANTÓNIO CARRAPATOSO Chairman Mensagem do Chairman 5
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